quinta-feira, 31 de março de 2011

Bônus para professor da rede pública de São Paulo não melhora educação no estado


Perfeita a reportagem de Marina Moreira Costa, do IG, sobre a ineficiência do bônus para os professores da rede pública do estado de São Paulo. Para ler, entre aqui.

“No Estado de São Paulo a política de bônus foi um fracasso, a Educação não saiu do lugar. O Saresp e o Idesp patinam e provam que a iniciativa não deu certo”, afirma Romualdo Luiz Portela de Oliveira, professor doutor do Departamento de Administração Escolar e Economia da Educação, da Faculdade de Educação da USPSegundo o especialista.

E sabem por quê? Porque os critérios são totalmente injustos. Mesmo que o professor tenha se matado com sua turma, por conta do todo, não ganha.

A reportagem mostra que os docentes da rede reclamam que os critérios do bônus não estão claros e não dependem apenas do esforço deles. Angela*, professora de português há 33 anos de uma escola estadual da zona sul de São Paulo, afirma não ter recebido a bonificação no ano em que suas turmas tiveram um ótimo desempenho. “É injusto, porque não há como mensurar o crescimento do conhecimento. Cada turma é uma turma. São seres humanos, não máquinas”, afirma.

Para finalizar, Oliveira explica que a política de bônus funciona em ambientes nos quais os profissionais se sentem em condições iguais. A política estimula a competição e espera que todos melhorem o desempenho. “Quando o professor acha que o jogo é perdido, a política deixa de ser estimuladora. Uma grande parcela já tentou, não conseguiu o bônus, nem a melhora do desempenho dos alunos e não vai tentar novamente”, avalia o especialista em educação.

Parabéns, Marina, por ter sido uma das poucas que viu a verdade sobre a porcaria do Bônus do Estado, pura ação de marketing político.

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