sexta-feira, 15 de abril de 2011

Virada Cultural acontece neste fim-de-semana!



A Virada Cultural vai começar. Preparados?

Entre as atrações estão Rita Lee, Paulinho da Viola, Erasmo Carlos, Dominguinhos, Eumir Deodato e também novos talentos, como Duani, Cibelle, Thaís Gullin e Rumpilezz.

Segundo os organizadores, a ópera Pagliacci será encenada em praça pública. Uma produção da casa, com a Orquestra Sinfónica Municipal e o Coral Lírico, as cias Visualfarm, Fratelli e Pia Fraus, técnicos e criadores do corpo municipal.

A música eletrônica também estará bem representada em pistas espalhadas entre o Largo São Francisco, Praça da Sé e Memória, e uma radiola maranhense ocupará a Praça Princesa Isabel.

Um palco dedicado à stand-up comedy e um ringue de luta livre com lutadores mexicanos e brasileiros são exemplos de atrações sem precedentes nas ruas da cidade.

Durante as 24 horas da Virada Cultural haverá apresentação da banda Beatles 4Ever, formada por músicos brasileiros. O quarteto, formado em 1976, tocará absolutamente todos os discos da banda inglesa, na íntegra, em sequência.

Enfim...vai ter muita coisa.

Para ver a programação completa, clique aqui.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Universidade pública forma pedagogos; Particular, professores - Parte 1

Recebi um comentário muito interessante no texto em que falei sobre o provão que o MEC vai instituir para avaliar os professores. O comentário foi o seguinte:

“Você realmente acredita na relação Universidade pública e privado como escreveu?
Em caso afirmativo, deve refletir melhor outras questões que estabelecem o relatório que você apresenta e sair de uma análise simplista e maniqueísta”.

Achei maravilhoso alguém questionar o que escrevo. Finalmente alguém reagiu a um texto meu. Isto é o que há de melhor em escrever: dialogar com o leitor, em tempos e espaços totalmente inimagináveis. Obrigada Leandro!

Como o comentário não foi sobre o “provão”, não comentarei sobre ele. Para quem quiser ler o texto, clique aqui.

Como isto é um blog e aquele texto não é uma reportagem, que teoricamente deveria ter fontes e opiniões relevantes, sinto-me no direito de colocar minhas indagações, frustrações e tudo mais que envolve meu caminho pedagógico. Portanto, não tenho a necessidade de criar um relatório com base científica. Mesmo assim, como o assunto rendeu “pauta”, vamos explorá-lo novamente.

Cursando jornalismo eu percebi a falta de relação entre a pública e a particular, agora, e agora, na Pedagogia, confirmei o que pensava: elas não somente não se relacionam, mas também andam por caminhos diferentes. Ou seja, não existe nem mesmo uma relação entre alunos de particular e de pública. Eles dificilmente se encontram.

Se no jornalismo, o que conta para o mercado é o nome da faculdade, na Pedagogia, o que conta, é rapidez na formação, já que sobram vagas e faltam profissionais qualificados para trabalhar no principal mercado: a rede pública de ensino.

Vocês já repararam quantos alunos formados na USP são professores da rede pública? Pouquíssimos, e sabem por quê? Porque a formação da USP baseia-se em pesquisa, como toda universidade deveria ser. Alguns, não saem nunca de lá. Engatam o Mestrado, Doutorado e por ali ficam, como pesquisadores da educação.

O problema é que estes só ficam na pesquisa, cabendo aos milhares de alunos da particular, que se matam para pagar uma faculdade, “dar aulas”, após três anos (somente) de estudo. Assim, quem estudou muito pouco, coloca a mão na massa, sem saber direito o que está fazendo. Já quem tem muito conhecimento, nunca entra numa sala de aula.

Gente, ser professor é uma coisa muito séria e exige os dois: reflexão e ação. Teoria e prática. E o que vejo é o seguinte: Teoria na pública. Prática na particular.

Eu quero ter os dois. Quero ser uma professora-pesquisadora. Por isto, não aceito receitas de bolo, aulas prontas. Eu quero base teórica para criar minhas próprias ações. Não quero ser manipulada pela rede, com livros e apostilas prontas. Eu sou um ser pensante.

Pode parecer idiota o que estou falando, mas é o que vejo por aí. Gente que, por falta de base teórica, de convicção própria, aceita o que lhe impõem. Muitas teorias e ideias criadas por pedagogos, economistas, sociólogos são boas, mas não têm a experiência da sala de aula, o que a complementaria. Eu quero criar teorias baseadas em minhas experiências.

Assim, coloco aqui novos questionamentos sobre a (falta de) relação entre pública e particular e a formação de professores em nosso país. No Brasil, a universidade particular forma professores. A pública, pedagogos. Mas meu caminho pedagógico, passa pelos dois!

Por favor, se existem professores na rede que estudaram na USP, avisem-me. Terei o maior prazer de falar que estava errada.

Qual a importância desta minha visão maniqueísta? O que você, estudante de Pedagogia, tem a ver com isto? Aguarde os próximos posts!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Diário de Estudante: Por que a universidade também está atrasada? Por que ainda é tradicional?


Sabe aquela história de construir conhecimento. Acreditem se quiser: em alguma aulas da universidade, esta idéia ainda não chegou. O professor fala, fala, fala. A gente finge que escuta, ou até tentar escutar, mas com uma sala barulhenta com mais de cem mulheres, fica quase impossível. Aí, a aula acaba e eu fico pensando: “O que eu vim fazer aqui mesmo?”. Sim, porque, aprender que é bom, não aprendi nada.

Não tenho dificuldade de aprendizagem, como diriam os pseudo-professores. O meu problema é que odeio perder tempo. E a faculdade é, muitas vezes, uma grande perda de tempo.

Como disse, muitas aulas teóricas são extremamente sem sentido. E não falo isto porque quero “receitas de bolos”, mas porque o professor não percebe que para qualquer aluno, em qualquer idade, o conhecimento se constrói a partir da necessidade e do interesse dele.

Assim, muitos professores não levam isto em consideração. Falam, falam, falam, mas não param para ouvir os alunos, não os questiona, não os ajuda a construir o conhecimento, mas despejam o conteúdo de determinada aula e pronto, esperam o dia da prova para verificar se aprenderam ou não. Tem alguma aula mais tradicional e arcaica do que esta?

Eu até entenderia (mentira, não entenderia, mas tentaria relevar), se o curso fosse Engenharia, Direito ou sei-lá-qual. Mas, Pedagogia???

Como pode um curso de Pedagogia ainda ser oferecido em uma universidade de maneira tradicional? Como pode um coordenador do curso permitir que os professores trabalhem exatamente co o que não devemos trabalhar em uma sala de aula, quando nos formarmos?

Sei que cada professor deve ter a liberdade para trabalhar, mas para que serve uma coordenação que não procura formas de adequar a didática do professor à realidade dos alunos. E outra? Como pode um professor-universitário ainda trabalhar tradicionalmente, quando já estudou tanto sobre a educação do século XXI?

Enquanto temos que trabalhar com projetos, sequências didáticas em sala de aula, vemos na faculdade exatamente o contrário: aulas que não privilegiam a pesquisa, com matérias soltas e trabalhos absurdamente copistas?

Isto é somente um desabafo que já queria ter feito há mais tempo. Felizmente, tenho professores que remam contra a maré e nos tratam como estudantes, e não somente como alunos, tema do meu próximo post. Aguardem!

As influências do Movimento Escola Nova nas tendências pedagógicas do Brasil

Adoramos fazer esta pesquisa. Ela fala sobre as principais tendências pedagógicas brasileiras e como elas foram influenciadas pelo Movimento da Escola Nova.

Fizemos um relato histórico sobre a Educação e a relação com a Didática, desde Comenius, até Piaget, Vygotski e Wallon.

Clique aqui

domingo, 10 de abril de 2011

Filme "O Triunfo" mostra que professor pode sim, fazer diferença na vida de alunos socialmente vulneráveis



Sabe aquela história de que é impossível mudar a situação de alunos rebeldes, sem limites e que não querem aprender? Pois é. Aqui no Brasil é muito fácil ver isto. Aliás, para quem está na área da educação ou não, o que a gent mais escuta é isto: é impossível!

Eu já sou utópica naturalmente, sem nada, nem ninguém precisar me inspirar. Mas quando assisto filmes como "O Triunfo", de Honda Haines, aí que acredito mais na educação e no papel fundamental do professor.




O filme, baseado em fatos reais, conta a história do professor Ron Clark, que sai de uma escola na zona rural da Carolina do Norte, para se aventurar em uma de Nova York. Lá, descobre alunos rebeldes e acostumados a irem mal na escola, com baixa autoestima e problemas familiares que só agravam a situação.

Este roteiro não é novidade nenhuma, afinal, temos muitos outros filmes com esta temática. Mas sabe o que é mais legal? Este filme, assim como outros, é baseado em fatos reais. Sim, este Ron Clark existe!


Olha ele aí, ao lado do ator que o interpretou no filme.

Aí eu fico pensando: Por que tantos professores que conheço não acreditam que podem mudar a vida dos alunos? Por que acham isto tão impossível?

Muitos vão falar: Não dá pra comparar Estados Unidos com o Brasil. Mas eu não concordo. Rebeldia e descrédtio na educação está em todo lugar, e só é possível mudar esta visão, quando mudamos nosso olhar em primeiro lugar.

Recomendo muito este filme! Assistam.

Ai, gente...como adoro estes filmes "utópicos-reais"!!!