Este dia ficará marcado para sempre em meu coração. Primeiro pela felicidade. Segundo, pela tristeza. Terceiro, pela preocupação. Dia 27/09/2010 foi meu primeiro dia na rede municipal de ensino.
Relembrando o último post do meu diário, após escolher a escola e passar pelo exame médico, tive que esperar a nomeação sair no Diário Oficial. Como ela estava prevista para o dia 27, dormi na porta da Diretoria Regional de Ensino depois que cheguei da facul. Hoje percebi que não precisaria, mas vou explicar porquê.
Depois que prestamos o concurso, sai uma ordem de classificação, de acordo com a pontuação na prova. Fui muito bem, modéstia à parte. Minha classificação foi 46, de mais de 6 mil aprovadas. Assim, no dia da escolha da escola, esta ordem é seguida. Como para esta primeira chamada foram convocadas cerca de três mil pessoas, a Secretaria dividiu as pessoas em dez dias. Eu escolhi no primeiro dia, no segundo horário.
No dia da escolha tudo é muito organizado. temos que chegar no horário, é feita uma pequena reunião, e logo começamos a escolher as escolas. Eles chamaram de 40 em 40 para entrar na sala de escolha, fizemos uma fila e, ao passar pela funcionária da Secretaria, falamos a escola de nossa preferência.
Depois, fazemos o exame, e a partir daí, tudo é muito incerto. Isto porque a classificação só vale para a escolha da escola, e não para sala que queremos e nem para o horário. Acreditem se quiser: estas últimas duas coisas são feitas por ordem de chegada.
Como eu passei no outro concurso também, o para professor de Centro de Educação Infantil (conhecida como creche), e a maioria das vagas que sobram são para a tarde, queria garantir o horário da manhã neste cargo. Assim, como é por ordem de chegada, e não sabia se as outras professoras que tinham escolhido a mesma escola que eu, também queriam o horário da manhã, achei melhor dormir na fila, para ser atendida logo.
Foram longas oito horas, desde que cheguei na fila até ser atendida, mas consegui o que queria. Fui a primeira professora da escola que escolhi a ser atendida. Assim, cheguei na escola primeiro e pude pegar o horário da manhã. Estava muito feliz, até descobrir que causaria dor em uma pessoa muito especial: a professora da sala que fui obrigada a pegar.
Isto mesmo. Fui obrigada a pegar a sala disponível no horário da manhã, mesmo tendo duas vagas para ser eventual. No período da manhã, portanto, existiam três vagas: uma vaga é para regência, ou seja, para uma sala, e as outras duas, para ser eventual.
Esta sala estava vaga porque a professora saiu de licença no começo do ano, e aí, esta professora pôde substituí-la. Mas como eu havia passado no concurso, e tinha esta sala vaga, tive que pegá-la.
Vocês podem pensar: "Nossa, que preguiçosa! Nem entrou e já queria ser eventual". Mas não é bem isto. A questão é que queria muito pegar uma sala e começar a colocar em prática tudo o que estudo. Mas o problema era: A professora já estava com a sala desde o começo do ano, os pais e alunos já estavam totalmente adaptados, e além disto, a professora é ótima!
Logo, faltando três meses para acabar o ano, eu, se pudesse, abriria mão da minha vontade para o bem deles, afinal, no começo do ano, pegaria outra sala, desde o início, e o andamento desta sala não seria prejudicado. Mas não pude. E aí, o que era alegria (finalmente assumir uma sala), se tornou tristeza. Ver a dor da professora perder a sala que estava desde o começo do ano, não foi fácil...e isto fica para a parte II deste post. Até lá!
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